Governo garante redução na conta de luz

09/01/2013 14:26

A escalada das preocupações com o fornecimento de energia obrigou o governo a vir a público defender a estratégia montada para atender a demanda por eletricidade e evitar a todo custo algum tipo de racionamento. Às vésperas da reunião das principais autoridades do setor, o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, negou ontem a possibilidade de falta de eletricidade e alegou que o gasto com as usinas térmicas, que estão sendo usadas para compensar a queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas, não comprometerá o desconto na conta de luz prometido pela presidente Dilma Rousseff para este ano.


A promessa é reduzir o preço da eletricidade em 20,2%, em média. Entidades do setor elétrico e economistas consideram que o corte pode não ficar do tamanho estabelecido pelo Palácio do Planalto porque o uso das térmicas - que geram uma energia mais cara e mais poluente - será repassado aos consumidores, reduzindo o impacto do corte da conta prometido em cadeia de rádio e TV pela presidente Dilma em setembro.
"A redução de 20% é estrutural, enquanto o gasto com as térmicas é conjuntural. Não podemos misturar uma coisa com a outra", afirmou Zimmermann. No entender do Ministério de Minas e Energia, as usinas que aceitaram renovar seus contratos, seguindo as regras fixadas pelo Planalto, passarão a cobrar um preço menor pela eletricidade gerada. Quando o nível dos reservatórios for restabelecido, o uso das térmicas será reduzido, substituindo assim uma energia cara por uma mais barata.

O impacto do uso das térmicas para os consumidores é reconhecido pelo governo. Na última segunda-feira, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, admitiu que a conta dessa eletricidade mais cara será repassada. ▩